ATENÇÃO: este
post está
SIM carregado de preconceitos que espero, do fundo do meu coração, que sejam quebrados ao longo do tempo.
Pedindo licença a bruberries para usar trechos adaptados de seu texto pois não consegui relatar de melhor forma as minhas primeiras impressões sobre a UFBA. O texto original está bem aquiNo dia 29 de Maio, quando recebi a noticia de que tinha sido aprovada na
UFBA fiquei tão feliz. Era um sonho realizado, depois de ficar doente no dia da prova de vestibular, encarar um ano de
cursinho e ter a decepção de não ser aprovada ver meu nome na lista elevou meu ego e me trouxe uma satisfação pessoal inenarrável. Minhas
pretensões eram cursar a
Facs paralela a
UFBA e assim levar enquanto der. Só que meu primeiro dia de aula não foi tão feliz quanto o dia que recebi a noticia da aprovação. Pensei que minha satisfação pessoal me bastaria mas
não foi bem assim.
Depois de ter estudado na Facs, a Ufba não era nada, me decepcionei muito com a estrutura da faculdade. Desde as carteiras em que o apoio de costas eram moles até as paredes pintadas de um tom breguíssimo, tudo me incomodava. Fora o ambiente frio e distante, que não fazia eu me sentir bem-vinda. UFBA, definitivamente, você não é uma boa anfitriã.Eu era um
ET naquele lugar. Alguns não davam bom dia ou quando davam eram excessivamente felizes. Outros (a maioria) eram
emos ou
hippies - nada contra, é só um relato - cheio de
dreads, como a menina que sentou na minha frente no auditório, ou com cabelos coloridos, que nem a que
tava do lado oposto da sala, parte de cima pintada de preta, parte de baixo de laranja. Senti saudades das camisas
polos e do
shows de moda dado pelos estudantes do meu P.A. antigo.
* insira aqui seu comentário sobre a minha futilidade ou sobre a importância de se libertar dos padrões impostos pela sociedade * Pelo menos lá não me sentia estranha e sozinha.
Mas hoje serviu pra eu entender e aprender muita coisa.
Aprendi que um professor amargurado com a coordenação do curso pode render intermináveis minutos de desabafo. Aprendi também que se eu não usasse all star em cerca de um ano, ia continuar sozinha nos intervalos. E que terei que ir atrás de um monte de coisas por minha conta - o que não é necessariamente ruim. Entendi que a biblioteca é
impossível de se usar em dias de chuva e que pra algumas pessoas ser bonita é sinonimo de ser burra. Entendi que "
datashow" pode ser um
ótimo artificio pra manter seus alunos acordados em sala de aula e que apesar de minha faculdade ser perto tenho que andar muito pra chegar nela.
Nem tudo foi assustador. A Oficina de comunicação escrita (apesar de não entender ainda muito bem a função dela) é bastante interessante. Gostei dos
projetos de
Fanzines e da Peça de conclusão de curso, mesmo achando que ninguém irá escolher o
ET aqui pra fazer parte de seu grupo. A Produtora
Jr. foi outra coisa que me empolgou
BASTANTE. Até porque algumas das coisas que eles falavam ali eu já conhecia e parecia entender bem mais do que meus colegas (coisas que aprendi em
CMKT no caso), me senti mais aceita em pensar na possibilidade de participar da
PJR do que na minha sala de aula.
No fim das contas meu primeiro dia não foi ruim. Foi estranho e menos "rosa" (apesar do caderno cheio de
frufrus, das canetas coloridas e com cheiro de fruta e da agenda a Marie: a gatinha do
aristogatos) do que eu estou acostumada a ver. Mas não chorei desesperada como no jardim de
infância, não liguei
pras amigas de 5 em 5 minutos com saudades e terminei a manhã com esperanças de encontrar meu caminho na nova faculdade. (e com a certeza de que não irei abandonar a velha, pelo menos por enquanto.)
- up para dizer que me inscrevi no processo seletivo da PJR, será que eu passo? :S